terça-feira, 12 de outubro de 2021

[uma vela]

 

Não, não é uma tentativa de esconder meus 34 anos, mas um pequeno símbolo cheio de significados.

2021 não começou pegando leve comigo, uma sequência de eventos emocionalmente desgastantes que uma velha eu fingia não estar vivendo se escondendo atrás da frase “vai ficar tudo bem”, e não ficava. Uma surra de emoções desgastantes, uma violência a minha saúde mental que já não ia bem há muitos anos mascarada atrás de trabalho, transferência de atenção e dedicação a tudo, menos ao principal: eu mesma. A “imbatível” ... Quando eu mais precisei de mim eu não estava lá. Então eu desisti de tudo.

Eu precisei morrer pra renascer em mim. Acordar naquela manhã de quinta feira em um lugar estranho, com tantas luzes, sons e sensações foi confuso (as vezes ainda é), levou algum tempo pra compreender a magnitude do que aquele abrir de olhos significava.

Mas quando eu saí da escuridão eu finalmente entendi que a Luz sempre esteve dentro de mim. E que eu nunca (nunca) estive sozinha. Me vi rodeada de Seres e pessoas especiais que são fundamentais no meu processo e pude sentir no fundo da minha alma a verdadeira e plena sensação da palavra GRATIDÃO! Ela não se explica, ela transcende significado.

Tudo aconteceu como tinha que acontecer. E agora, sim, está tudo bem. E eu sou grata todo dia, mais um dia, por mais um dia de vida! Sou grata pela oportunidade de me refazer. De me escolher. De estar viva.

Então... Uma vela, no 34º aniversário, pra celebrar o primeiro ano de nova vida.

Porque eu me escolho; e eu escolho continuar.

 

 

domingo, 11 de julho de 2021

[vazio]

Tic.

Tac.

Ecos.

Silêncio.

Solidão.

Vazio.