E talvez você ache que eu estou bem.
Mas eu não estou.
Não, não é uma tentativa de esconder meus 34 anos,
mas um pequeno símbolo cheio de significados.
2021 não começou pegando leve comigo, uma sequência de
eventos emocionalmente desgastantes que uma velha eu fingia não estar vivendo
se escondendo atrás da frase “vai ficar tudo bem”, e não ficava. Uma surra de
emoções desgastantes, uma violência a minha saúde mental que já não ia bem há
muitos anos mascarada atrás de trabalho, transferência de atenção e dedicação a
tudo, menos ao principal: eu mesma. A “imbatível” ... Quando eu mais precisei
de mim eu não estava lá. Então eu desisti de tudo.
Eu precisei morrer pra renascer em mim. Acordar naquela
manhã de quinta feira em um lugar estranho, com tantas luzes, sons e sensações
foi confuso (as vezes ainda é), levou algum tempo pra compreender a magnitude
do que aquele abrir de olhos significava.
Mas quando eu saí da escuridão eu finalmente entendi que a
Luz sempre esteve dentro de mim. E que eu nunca (nunca) estive sozinha. Me vi
rodeada de Seres e pessoas especiais que são fundamentais no meu
processo e pude sentir no fundo da minha alma a verdadeira e plena sensação da
palavra GRATIDÃO! Ela não se explica, ela transcende significado.
Tudo aconteceu como tinha que acontecer. E agora, sim, está
tudo bem. E eu sou grata todo dia, mais um dia, por mais um dia de vida! Sou
grata pela oportunidade de me refazer. De me escolher. De estar viva.
Então... Uma vela, no 34º aniversário, pra celebrar o
primeiro ano de nova vida.
Porque eu me escolho; e eu escolho continuar.